Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da II Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora (II CIAD) Salvador-BA, 12 de julho de 2006
Excelentíssimos senhores chefes de Estado e de governos e vice-presidentes participantes da II Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora,
Senhor Paulo Souto, governador do estado da Bahia,
Senhores ministros de Estado e secretarias especiais,
Embaixadores aqui presentes,
Senhores integrantes das delegações estrangeiras presentes a este ato,
Intelectuais do Continente Africano, do Brasil e de outros países,
Meus amigos e minhas amigas,
Com forte emoção venho a Salvador abrir a Segunda Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora.
Quero transmitir minhas boas-vindas e sinceros agradecimentos aos destacados intelectuais e representantes da sociedade civil que vieram a Salvador, da África, das Américas e do Brasil.
Não poderíamos estar em lugar mais auspicioso para conversar sobre o futuro da África e o papel que nele terá a diáspora. A Bahia é símbolo vivo das múltiplas dimensões da contribuição africana para o Brasil.
É uma particular honra termos conosco importantes líderes do continente irmão. Suas presenças demonstram que os temas que vamos discutir ganharam definitivamente a prioridade que merecem na consciência e na agenda de nossos países.
Destaco a presença de Alpha Konaré, presidente da Comissão da União Africana, co-organizadora do evento. Seu empenho foi fundamental para tornar realidade esta Conferência.
Estamos dando continuidade ao esforço pioneiro da primeira conferência, em Dacar, em 2004, que muito deve à visão do meu colega e amigo, presidente Wade, que inspirou a nossa decisão de sediar este evento.
Viemos a Salvador consolidar um diálogo permanente entre a África e as regiões onde sua gente e civilização deitaram raízes. Esse debate é fundamental, pois aborda os desafios que nos unem.
Temos que superar uma herança histórica de pobreza, discriminação racial e exclusão social, em meio a uma sociedade internacional com déficit de democracia e de solidariedade. Os intelectuais e a sociedade civil da África e da Diáspora são protagonistas dessa tarefa.
O denso programa de trabalho e os grupos temáticos são garantia de que teremos um intercâmbio estimulante não apenas para os estudiosos. Também formuladores de políticas públicas, nos dois lados do Atlântico, encontrarão nessas discussões inspiração para melhor identificar problemas e a propor soluções.
Desejo, portanto, a todos, meus colegas presidentes, vice-presidentes, primeiros-ministros e a todos os convidados, muito bom trabalho nestes dias que vocês estarão em Salvador. Está aberta a nossa II Conferência.