Aos 14 anos Donga começou a tocar cavaquinho e violão, incentivado por seus pais. Seu pai era pedreiro e tocava bombardino nas horas vagas, e sua mãe, Tia Amélia, fazia parte do grupo de baianas, Cidade Nova. Gostava de cantar modinhas e em sua casa já promovia festas e reuniões de samba. Há quem diga que Donga já nasceu sambando!

Em 1917 consagrou-se com a gravação do samba “Pelo Telefone”, registrado em nome de Donga e Mauro Almeida. Esse foi considerado o primeiro samba gravado na história. Em 1919, juntou-se a Pinxiguinha e outros seis músicos, formando o grupo “Os Oito Batutas”, e  foi um dos primeiros a se laçar no exterior divulgando a música popular brasileira. Participou de grandes composições, organizou a Orquestra Típica Donga-Pixinguinha e, do disco Native Brazilian Music, organizado por dois maestros: o norte-americano Leopold Stokowski e o brasileiro Villa-Lobos, lançado nos Estados Unidos pela Columbia.

Porém, só em 1974 – ano de sua morte – Donga teve oportunidade de gravar o único disco de sua vida. O sambista morreu aos 83 anos, deixando uma grande contribuição para a música brasileira.  “Se o feito de Donga para a musica brasileira se resumisse apenas na sua participação como autor do samba Pelo Telefone, seu feito já seria suficiente para colocá-lo entre os pioneiros do gênero e conseqüentemente um realizador fundamental para a compreensão da história de nosso cancioneiro”, Luiz Américo, em A História da MPB.

As canções mais conhecidas : 

• Pelo Telefone
  
• Passarinho bateu asas e voou
  
• Bambo-Bamba
  
• Cantiga de Festa
  
• Macumba de Oxóssi
  
• Macumba de Iansã
  
• Seu Mané Luís
  
• Ranchinho Desfeito
  
• Patrão Prenda seu gado